janeiro/julho 2011
Homicídios dolosos caem 8,35% até julho no Estado. Em comparação ao mesmo período de 2010 (janeiro a julho), foram 216 casos a menos. Pela 1ª vez na história recente, Estado mantém por 7 meses taxa abaixo da zona epidêmica da OMS.
O Estado de São Paulo registra expressiva queda de homicídios dolosos nos sete meses iniciais deste ano. Foram 8,35% menos casos na comparação entre janeiro a julho de 2011 e janeiro a julho de 2010. São 216 mortes a menos entre os dois períodos.
A informação consta das Estatísticas da Criminalidade divulgadas mensalmente pela Coordenadoria de Análise e Planejamento (CAP) da Secretaria da Segurança Pública. Até julho de 2011 ocorreram 2.370 homicídios dolosos no Estado, contra 2.586 até julho de 2010.
Pelo sétimo mês consecutivo o número de homicídios dolosos em São Paulo mantém-se fora da zona considerada epidêmica pela Organização Mundial de Saúde (OMS) – acima de 10 mortes intencionais por grupo de 100 mil habitantes/ano. A taxa de homicídios paulista até julho é de 9,75/100 mil habitantes.
É a primeira vez na história recente que o Estado apresenta taxas de homicídios abaixo de 10/100 mil nos sete primeiros meses do ano. A taxa média de homicídios do Brasil é de 25/100 mil habitantes/ano.
A CAP também comparou a variação criminal dos últimos 12 meses – de agosto de 2010 a julho de 2011 – com igual período anterior – de agosto de 2009 a julho de 2010. O estudo permite uma análise das tendências criminais mais consistentes. Nos últimos 12 meses foram registrados no Estado 373 homicídios a menos que em igual período anterior.
A redução acumulada de homicídios em São Paulo, desde 1999, já chega a 72,4%.
Capital na frente
A redução dos homicídios no Estado é liderada pela capital, onde houve queda de 23,7%, com 177 casos a menos. Até julho foram registrados 570 homicídios na cidade de São Paulo, contra 747 de janeiro a julho no ano passado.
Ações de segurança
A Secretaria da Segurança Pública atribui a redução dos homicídios à identificação e prisão de criminosos, à retirada de mais de 380 mil armas ilegais das ruas nos últimos 10 anos, à melhoria da gestão policial e ao aumento dos investimentos do Estado em segurança pública.
A Polícia Civil tem alcançado elevadas taxas de esclarecimento de homicídios. Com medidas de gestão, a Polícia Militar tem aumentado a quantidade de policiais nas ruas, em patrulhamento. O Governo do Estado tem elevado, acima da inflação, o patamar de recursos destinados à área de segurança.
Nos sete meses iniciais de 2011, as polícias fizeram mais prisões, apreensões de armas e drogas. Esses três indicadores de atividade policial cresceram de janeiro a julho. As apreensões de armas aumentaram 2,68%, com 297 casos a mais, em relação aos primeiros sete meses de 2010 – a quantidade de apreensões de subiu de 11.082, até julho de 2010, para 11.379 em 2011.
As prisões em flagrante ou por mandado cresceram 10,98% até julho, com 7.632 casos a mais. Nos sete primeiros meses do ano, foram realizadas 77.124 prisões, contra 69.492 de janeiro a julho de 2010.
Nos últimos 12 meses, o número de prisões cresceu 2,83%, de 122.066 para 125.522. A população carcerária do Estado é de 175.520 presos.
Os flagrantes de tráfico de entorpecentes, considerados um indicador de atividade policial por dependerem exclusivamente da ação da polícia, aumentaram 21% no período, com 3.636 casos a mais. A polícia fez 20.922 flagrantes de tráfico de entorpecentes até julho, contra 17.286 no mesmo período do ano passado.
Nos últimos 12 meses, os flagrantes de tráfico de drogas cresceram quase 15% (exatos 14,96%), de 29.625 para 34.057 casos.
Tentativas de homicídio
Estas políticas de segurança colaboraram para a redução, também observada, de 3,46% das tentativas de homicídios, com 102 casos a menos, de janeiro a julho. Foram registradas 2.845 tentativas de homicídios até julho deste ano, contra 2.947 no mesmo período de 2010.
Nos últimos 12 meses houve 222 tentativas de homicídio a menos que nos 12 meses anteriores, queda de 4,32%. Foram registrados 4.920 casos entre agosto de 2010 e julho de 2011, conta 5.142 casos nos 12 meses anteriores.
Mortes no trânsito
Outra conseqüência da redução dos crimes intencionais contra a vida é que as mortes no trânsito já superam por larga margem os assassinatos. Até julho, houve 600 homicídios culposos (sem intenção) decorrentes de acidentes de trânsito a mais que assassinatos. Foram, no total, 2.970 mortes no trânsito, contra 2.370 homicídios dolosos (com intenção).
Sequestros
Os casos extorsão mediante sequestro mantêm-se em queda no Estado. De janeiro a julho de 2011 foram registrados 43 casos, seis a menos que no mesmo período de 2010. A redução mais significativa ocorreu no interior, onde os sequestros caíram de 18 para sete casos, até julho deste ano. Desde 2002, o número de sequestros caiu 80,9% no Estado, de 225 nos sete primeiros meses daquele ano para os atuais 43.
De agosto de 2010 a julho de 2011, o número de sequestros no Estado caiu 22,09%, com 19 casos a menos. Foram registrados 67 sequestros nos últimos 12 meses, contra 86 no período anterior.
Roubos
O número de roubos de cargas, em queda desde 2009, voltou a cair. Foram 196 casos a menos até julho, em comparação aos primeiros sete meses de 2010 – uma diminuição de 4,84%. A redução dos roubos de carga é capitaneada pela Região Metropolitana da capital, com 230 casos a menos. Em segundo lugar, vem a cidade de São Paulo, onde ocorreram 111 casos a menos que no mesmo período do ano anterior.
Nos últimos 12 meses, houve diminuição de 204 roubos de carga, em relação ao período anterior, queda de 2,79%.
De janeiro a julho, os roubos (roubos em geral) mantêm-se estáveis no Estado, com ligeira diminuição de 0,31% em relação aos primeiros sete meses de 2010. Houve uma redução de 431 casos, na comparação com igual período do ano passado.
Nos últimos 12 meses, o número de roubos caiu 2,02%, com 4.788 casos a menos. A redução é liderada pela capital e cinco das nove regiões do interior do Estado.
Os roubos a banco apresentaram queda de 8,33% nos últimos 12 meses, com 21 casos a menos. Foram 30 casos a menos na capital e 15 a menos no interior. De agosto de 2010 a julho de 2011, foram registrados 231 casos no Estado, contra 252 no período anterior.
Atualizações mais frequentes
Como alertado nos últimos meses, quando as estatísticas da criminalidade passaram a ser divulgadas mensalmente, as atualizações de dados informados passaram a ser mais frequentes. A maioria das alterações decorre da mudança de natureza criminal, a partir de investigações conduzidas por autoridades policiais.
Há, também, casos em que a natureza preponderante muda pela morte da vítima, em momento posterior ao registro. As estatísticas da criminalidade são utilizadas, em primeiro lugar, para o planejamento das polícias e da área de segurança. Servem, por exemplo, para orientar aquisições e distribuição de recursos humanos, tecnológicos e materiais. Devem ser um retrato o mais fiel possível da realidade. Por isso, são atualizadas sempre que a autoridade policial conclui ser outra a natureza de um crime.
As atualizações são feitas pela Coordenadoria de Análise e Planejamento (CAP) da Secretaria da Segurança Pública, depois de receber comunicação formal da unidade policial responsável pela investigação. Antes de serem oficializadas, as alterações propostas são checadas pela CAP.
Fonte http://www.ssp.sp.gov.br
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