segunda-feira, 6 de maio de 2013

Arrastões em prédios

Os arrastões em prédios residenciais têm preocupado autoridades e moradores da maior cidade do Brasil. Em dois casos, este ano, uma dúvida foi levantada.

Os arrastões em prédios residenciais têm preocupado autoridades e moradores da maior cidade do Brasil. Em dois casos, este ano, uma dúvida foi levantada. Como os criminosos teriam conseguido abrir o portão automático da garagem?
Controles remotos são dispositivos de conforto. É só apertar que o portão abre sozinho. Mas, eles não garantem a segurança dos moradores de condomínios. Em São Paulo, foram seis arrastões esse ano.
No último, terça-feira, as câmeras de segurança gravaram a entrada de dois carros da quadrilha na garagem do prédio. Os ladrões invadiram cinco apartamentos.
“O porteiro acha que eles tinham o controle entram abriram o portão, mas alguns sabiam os nomes dos moradores então a gente está agora investigando”, conta uma moradora.
Em outro assalto, no fim de março, o porteiro do prédio disse aos policiais que os ladrões também passaram pelo portão automático porque tinham um controle de acesso.
Condomínios que usam sistemas antigos de abertura e fechamento de portões correm risco maior de invasão. O ladrão não precisa ter acesso a um controle de um morador. Basta conhecer um pouco de eletrônica, parar em frente a um prédio com um aparelho que rouba frequências e fabricar um controle novinho. Segundo especialistas, nos sistemas mais modernos, a clonagem é muito difícil.
É assim que os dois sistemas funcionam. No antigo, a central, que fica dentro do imóvel tem a frequência e um código numérico que não mudam nunca. O controle remoto que fica com cada morador recebe a mesma sequência de números. Isso favorece a clonagem. Os dispositivos mais novos usam um chip, que é sincronizado com o controle remoto.
“A cada vez que ele é acionado, ele emite um código diferente para a receptora de modo que esse código não se repete. Isso é o que garante que o sistema seja inviolável”, explica Luiz Sérgio Landini, diretor de uma empresa de segurança.
A polícia ainda investiga se houve clonagem de controles nos arrastões. Enquanto isso, o melhor é treinar porteiros e contar com o bom senso dos moradores na hora de entrar ou sair e nunca deixar o controle dentro do carro.
“Se for um local de comum acesso, tipo um lava rápido, um estacionamento que deixe aberto, ela tem que tirar o controle do veículo. Existe o risco de subtração, não é? Ele pode trocar aquele controle por um semelhante e pegar aquele original para ele”, alerta o delegado Mauro Fachini.

FONTE: Globo.com

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